10/10/2011


Aos  que se despedem

É preciso lembrar que a vida é muito breve.
As pessoas passam...
Os dias passam...
Tudo o que temos neste plano é perecível...

Construa bons sentimentos.
Perdoe aos que te fazem mal.
Deseje que Deus acolha os vossos inimigos como acolheu a você.

Um dia quando te despedires da terra, leva contigo uma bagagem leve, tal como vosso espírito que partirá com o entendimento do que é o amor verdadeiro.


Não vista nesta ocasião o ódio e o rancor...
Não deseje sorte aos que ficam, mas, prosperidade...

No fim de tudo há sempre um novo começo...
A eternidade é o lar daqueles que seguem os mandamentos de um universo harmonioso sob a luz de um magnífico criador.


Sejamos paz! Eu e você...

04/10/2011


Conexão



Um desafio se torna maior quando nos diminuímos diante dele. É preciso compreender o quanto somos intensos, é preciso acreditar que dentro de nós há um ponto de conexão com a força superior que harmoniza o universo.


Fazemos parte de uma cadeia que precisa funcionar de forma organizada. Fazemos parte de um complexo organismo universal, cujo diálogo se estabelece por meio dos sentimentos.

Nossas palavras, gestos e emoções são uma linguagem que transpassa as barreiras culturais e sociais. Nesse imenso mundo de possibilidades, nos foi dada a capacidade de interpretar a vida e os seres de acordo com nosso campo vibratório e estágio evolutivo.

Somos mais comunicativos quando amamos, quando sorrimos e quando nossos desejos são acatados. Nossa vibração funciona como uma bússola. Nosso estado de espírito nos convida a mergulhar nas várias dimensões que existem em torno de nós e por ele, nos guiamos no livre trânsito pelos mundos que se espalham na imensidão do infinito.

É preciso compreender que nosso senso evolutivo é imediatista. Queremos tudo em um tempo muito breve, mas, esquecemos que nosso adiantamento moral, intelectual e espiritual depende do nosso próprio esforço e ainda de nossa capacidade de renunciar ou mesmo de aderir ao desejo da ordem suprema do universo.

Cada ser, de acordo com seus méritos, atinge diferentes estágios de evolução, mas, por escolha própria, pode não desenvolver suas faculdades mentais. Há nesse sentido um alto bloqueio psíquico, com fundamento em suas experiências emocionais.

No momento em que a dor e a agonia se apropriam dos seres, eis que lhes apresenta o verdadeiro inferno. Nossa mente é capaz de projetar tudo o que nos atormenta, pelo simples fato de ser ela a criadora de nossas limitações.

O criador em sua infinita bondade deu-nos a chance de experimentar a vida em um tempo onde os limites de transição espacial servem como exercício para o adiantamento do espírito. Em sua generosidade o pai celestial nos concedeu aprender a construir nossa liberdade e provar do sabor daquilo que cada ser é capaz de criar por seu mérito.

Dentro de nós habita o perdão, a caridade e o amor. Nos os bloqueamos, pois não acreditamos no poder de nossa mente e coração em se conectar com o criador.

Aos que sofrem a prece é um remédio capaz de sanar a dor que se apresenta em vossa mente. Que a luz esteja com todos e que a luz que habita dentro de ti possa ser mais uma chama da vontade divina a se manifestar entre os seus.

Deus lhe sorriu e te abençoou. Agora vai e cumpre tua missão.

07/07/2011


Sobre livros e ditados populares

O ditado popular diz: “todo mundo precisa plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho para ser feliz”. Na era da comunicação digital, produzir um livro tornou-se mais fácil.

O avanço tecnológico permitiu a criação dos livros digitais e sua propagação pela internet.  Com o advento desta criação surge também a necessidade de discutir um tema em pauta na comunidade global: a sustentabilidade.

Plantar árvores, administrar resíduos e redimensionar a produção e o consumo também dialogam com a criação literária. Os livros impressos utilizam celulose, tinta e plástico em sua concepção, o que desperta a preocupação de ambientalistas e defensores da cultura sustentável.

Os livros eletrônicos, além de representarem um meio sustentável de incentivar a leitura, são uma alternativa econômica para quem deseja adquirir uma obra a preços reduzidos. O valor investido na produção de um livro digital é menor, pois descarta a impressão e ainda sua comercialização conta com o comércio eletrônico para auxiliar a praticidade da compra.

A dica serve para quem tem filhos e deseja contribuir com a formação de cidadãos sustentavelmente éticos. Para quem ainda não tem, a dica serve para plantar uma ideia melhor de mundo e construir um planeta melhor para aqueles que virão.

25/03/2011


Fuga,


Chega um momento em que você apenas se irrita. Tudo a sua volta parece sempre estar contra você.

Sempre que estou assim, minha saída é permanecer em silêncio, quieto e retraído. As pessoas a minha volta não compreendem meu comportamento.

Prefiro a imersão dentro do meu mundo, uma viagem sobre o meu lado sombrio e que só diz respeito a mim. Não há como fugir do mostro que sempre habita nosso íntimo.

As pessoas a nossa volta não querem conhecer nossas fraquezas e nossos medos. Somos cobrados a apresentar a imagem social de alegria e realização.

Para que possamos viver harmonicamente com o mundo externo é preciso teatralizar muitas emoções. Há sempre um momento em que necessitamos apelar aos arquétipos.

 O que muitos chamariam de falsidade, fingimento ou farsa eu chamo de fuga. Não se trata de ter o que esconder,mas, de não querer mostrar aquilo que ninguém está disposto a compreender.










21/02/2011


Valores,


O dia clareou, o galo cantou, quem trabalha já está pronto pra seguir sua rotina. O mundo sempre espera mais um sol, mais uma lua, mais e mais de tudo que puder vir.

De geração em geração, século após século, retiramos de forma desregrada, todos os benefícios naturais que pudemos encontrar em nosso planeta mãe. A água que era doce, o fruto que era fresco, a semente que nascia e tudo o que mais pudermos atribuir à natureza.

Parece-me que este reinado de soberania dos seres humanos está em vias de acabar, ao menos de ter essa dinâmica alterada. O que chamamos de crise ambiental, na verdade é o reflexo de uma crise identitária, crise de uma humanidade sedenta pelo progresso.

O advento do lucro, invenção inovadora do capitalismo, possibilitou o aumento da população, era preciso lucrar, para isso era necessário produzir. E produzimos, tanto que foi criado o excedente de produção.

A cultura, berço de nossas raízes fundamentais e existenciais, serve como eixo para nos dar referencia no meio em que vivemos, serve para nos diferenciar e oportunamente também para nos agrupar em semelhanças.

Aos mais “sábios”, pensadores e engenheiros do poder de existir, são atribuídos os rumos que cada cultura dá a seus atores, o poder e os costumes, outrora criados pela observação do mundo agora seguem uma indústria.

A indústria da cultura não cuida do conhecimento milenar de nossos ancestrais, mas, do sentimento de pertencer ao presente. O mundo não pára, o poder está no que você usa, no que você consome, no que você carrega consigo.

Cabe aos cidadãos e cidadãs o mérito de possuir e a escolha por manter ou descartar. Somos nesse momento vítimas do consumo desenfreado.

Nossos valores cabem nos traços de uma etiqueta, do que chamamos de “marca”. O que usamos chega até nós por um motivo, todos nós desejamos pertencer ao mundo das pessoas notórias, das ditas especiais.

Para manter o nosso gosto, nosso poder de ser “especial” o planeta paga um dívida que não é sua. Nesse momento o tênis importado que alguém na rua usa, pode ter sido fabricado por um grupo de crianças anônimas de um país da Ásia.

Ela certamente não sente o mesmo prazer de usar a roupa de “marca” que ela fabrica. Creio que ela nem saiba o valor conceitual do isto representa.
O que de fato devemos criticar é a necessidade que nossa geração tem por manter conceitos primitivos ainda em voga. Existe uma reforma que a revolução mundial necessita, esta é dolorosa e deve acontecer no íntimo de cada um.

Os valores que cada um carrega, serve como termômetro para a existência do coletivo. A revolução contra o fim dos tempos está na necessidade de ser ou não um mecanismo de manipulação de uma ordem desigual.

A felicidade é um sentimento abstrato, muda conforme a situação a que cada ser está exposto, mas, sabemos que a infelicidade é uma construção que podemos evitar. Devemos repensar nossos valores e adotar práticas que redirecionem nossa passagem por este planeta.

Podemos começar pelo consumo de bens e materiais que não coloquem o meio ambiente em risco, podemos ainda saber a origem real do que consumimos e ainda escolher o fim daquilo que resolvemos descartar.

Reflita em nome de uma causa maior que a da beleza e do ego... escolha o bem comum.










19/02/2011


Dinheiro,

Um instrumento do capitalismo, corrente ideológica que afirma o poder do sistema sobre todos e todas. O grão que semeia a diferença entre ricos e pobres, está impresso em pedaços de metal ou mesmo em recortes de papel colorido.

Pergunto-me sobre o real papel social do dinheiro e sobre a relação de satisfação e dependência que nós, seres humanos, temos por esta criação da cultura. O fato é que não sabemos mensurar a importância do que chamamos de bens materiais.

O discurso que travamos acerca da inclusão social, perpassa também pela capacidade produtiva das pessoas, ainda pelas suas habilidades ou poder em acumular bens. Os bens que valorizamos são avaliados por quantidades de dinheiro e assim nos tornamos seres subjetivados pelo acúmulo do que temos.

Uma sociedade é forjada, sobretudo por valores coletivos que interferem na dinâmica de cada individuo. Há inúmeras pessoas consideradas infelizes por não terem dinheiro em contraponto a outras que não conseguem saber exatamente quanto acumulam “as felizes”

A grande verdade, uma das máximas do senso comum: “Cada um vale o que tem”.

Certamente o grande Shakespeare diria se escrevesse um texto na atualidade: “Ter ou não ter, eis a questão”.






18/02/2011


Carnaval,

Seria audacioso tentar descrever o espírito fornicador que toma conta das pessoas no carnaval. É mais difícil ainda, descrever o clima de volúpia que toma conta das pessoas, que em meio ao calor natural ainda se entregam ao ardor de seus pensamentos e desejos secretos.

Em meio a todo esse furor, estão os corpos, sempre voltados a modelagem escultural, referenciando a beleza grega dos deuses e objeto da cobiça de homens e mulheres. Estes corpos se tornam notórias vitrines de carne e curvas insinuantes.

Estas características construídas pela cultura pagã deram ao carnaval a essência pecaminosa e perturbadora da ordem, tendo em vista a religião dominante e o conceito de normatividade que nos cerca na ordem social.

O tabu da sexualidade e do medo social sobre a abordagem das performances sexuais parece encontrar no carnaval, uma justificativa para entrar no gosto das pessoas. As fobias parecem ter seus efeitos diminuídos e as pessoas parecem afirmar com mais naturalidade aquilo que normalmente reprimem.

Os blocos onde os personagens mudam de sexo, as pessoas com menos roupas, os excessos alcoolicos e o relaxamento com a conduta sexual são temas recorrentes no período que compreende a Folia de Momo.  

Nesse momento é cabível perguntar: O pecado é fruto do carnaval ou o carnaval é fruto do pecado?

O pensamento maniqueísta divide a opinião pública. O que une a todos é o sentimento de preservação do corpo.Seja pela pretensão de uma vida gozosa no mundo celestial (pensamento religioso), pelo sentimento de despertar nas pessoas o desejo (o culto ao narcisismo) ou ainda pela valorização de si mesmo (auto-estima). O corpo está no centro dos debates.

A festa da carne precisa seguir uma ordem, natural inclusive, a lei do mais forte sobre o mais fraco. Assim corpos, violência, sexo, alegria parecem servir como marco regulatório e mantenedor de uma ordem cíclica.

O fato é que o Carnaval serve como representação da desordem, da comédia, que representa a desordem (Aristóteles). O corpo e suas manifestações naturais são utilizados como elementos materializadores do pecado.

Em sua genesi, o carnaval chamou-se “Entrudo” e apoiado pelos clérigos marcava a data que antecedia a quaresma. De bom tom, as pessoas receberam a permissão de extravazar sua alegria, estas entravam nas casas e convidavam as pessoas a brincar, em seguida se resguardavam para a vida religiosa.

Os corpos, afetados pelo carnaval e sua essência pecaminosa, necessitam de purificação que só a santificação é capaz de proporcionar. É preciso causar a desordem para se propor o retorno a normalidade.

Assim homens e mulheres agem ciclicamente, seguindo uma ordem proposta por uma hegemonia que formula pensamentos e valores. Desde o princípio, a cultura e seus processos de aculturação ajudam-nos a construir o cenário histórico que demarca nossa geração.